quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Vários em Janeiro

Aniversário do Ber hoje.

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Acabei de ver na Globonews: mais de 20 golfinhos nadando e mergulhando nas praias da Barra, Leblon e Ipanema. Lindo!

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O calor é forte, mas a chuva cai na maior parte do tempo. Já tá ficando chato.

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Minha mãe: "mataram um perto da loja de sucos".
Eu: "E o que você vai fazer lá????"
Ela: "Colocar uma bolsa no conserto"

A banalidade da morte. A vida continua para quem não o conhecia...

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Shee anda impossível. Agora deu para atacar o banheiro quando saio e rói sabonete. Sabonete! Eu que me vire com o resultado dessa comilança depois! Será que ela leu o livro do Marley e quer imitar? Vou ter que ligar para Dr. Terror me dizer o que fazer.

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Arrumar tempo para escrever sobre sonhos, alegrias, crenças e esperança.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Os Filhos de Beibe e seus Companheiros de Riso

Uns dizem que ela-pé-quebrado, sentou na janela e viu a banda passar. A banda, a bunda, os braços, os beijos perdidos de um carnaval distante. Dizem também que quis entrar numa festa-de-sabão, suas amigas impediram. Ainda contam que desmaiou quando o desdentado sorriu pra ela no meio da praça, foi parar no pronto-socorro, amônia no nariz e glicose na veia. Contam que a vaquinha perambulou por castos pastos até cansar de ruminar. Relatos confiáveis informam que albaneses sequestraram os vídeos das festas da Mariozim e cobram fortuna em euros como resgate. Quiseram tirar fotos, ninguém sabe, ninguém viu.

Uns dizem que ele namorou todas as meninas de Perequê, até hoje é cabra procurado na cidade, não passa nem pela estrada. Dizem também que ele chegou vestido de hipopótamo faltando uma orelha, fala arrastada, e não sabe onde deixou ficar um pedaço de si. Ainda contam que ele bebia xiboquinha nas barracas da feira, insistia para provarem, não havia drink igual. Contam que ele saiu revoltado da concentração da Escola e foi sambar em outra avenida com lata de cerveja na mão. Relatos confiáveis informam que faz parte das perguntas de formulários de seguros: se ele está presente, o seguro sai mais caro. Quiseram tirar fotos, ninguém sabe, ninguém viu.

Uns dizem que ele abraçava todos os postes pelo caminho. Não se sabe se era amor ou bebedeira. Dizem também que ele foi arrastado pelo veleiro, em ventos de calmaria, mas pediu pelamordedeus para parar porque a sunga ficou para trás. Ainda contam que ele fez um pacto do “ninguémronca” e não houve guerreiro corajoso para denunciar. Contam que eram três rapazes elegantes, com três meninas: uma não gostava de carnaval, outra não gostava de namorar e outra se chamava Rodrigão. Estão correndo delas até hoje. Relatos confiáveis informam que o leão do blurps e arghs desmaiou em um banco de praça depois de esmurrar a porta de um quarto de hotel e não saber onde estava hospedado. Quiseram tirar fotos, ninguém sabe, ninguém viu.

Uns dizem que ele abriu o bote inflável na sala e toda a areia de Mambucaba estava lá dentro. A faxineira olhou praquilo, pediu as contas e foi trabalhar em outra freguesia. Dizem também que ele vendeu o mesmo barco para os velhinhos do asilo inúmeras vezes. Ainda contam que parou o barco na praia ao lado, ficou inebriado com tanta gente feia e passou mal durante dias. Contam que eram três rapazes elegantes, com três meninas: uma não gostava de carnaval, outra não gostava de namorar e outra se chamava Rodrigão. Estão escondidos delas até hoje. Relatos confiáveis informam que ele deixou a vassoura na mão do irmão e se arrancou da casa antes da faxina geral. O irmão tentou levantar voo, mas era uma vassoura sem poderes. Quiseram tirar fotos, ninguém sabe, ninguém viu.

Uns dizem que ele pegou o isopor cheio de cerveja da festa que não aconteceu e levou para a mansão dos pobres. Ainda procuram pela bebida, o isopor ele guardou na garagem. Dizem também que ele chegou com moça de boa família, do tamanho dele, trazendo uma rede da vizinha, pendurou na parede e ficou lá com elas, a moça, a rede e a vizinha, por dias a fio. Ainda contam que, vestido de elefante, deu um urro monumental e expulsou os filisteus do ônibus cheio das suas meninas. Contam que eram três rapazes elegantes, com três meninas: uma não gostava de carnaval, outra não gostava de namorar e outra se chamava Rodrigão. Estão fugindo delas até hoje. Relatos confiáveis informam que ele dirigia na contramão da estrada, propositalmente, só sairia se aparecesse carro. Quiseram tirar fotos, ninguém sabe, ninguém viu.

Uns dizem que a narradora era uma espiã infiltrada. Dizem também que ela mantinha diários secretos. Ainda contam que existem fotos comprometedoras escondidas num bunker em serras fluminenses. Contam que ela decidiu fazer um filme com os vídeos resgatados dos albaneses. Relatos confiáveis informam que ela começou em Laranjeiras e não parou de dançar até hoje. Quiseram tirar fotos, ninguém sabe, ninguém viu.

MPV – janeiro 2009
Fizemos história, contamos estórias e rimos muito. A história continua e continuamos rindo. A vida é isso.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Segunda de trabalho; segunda de cachaça acadêmica; terça feriado no Rio; terça posse de Obama; terça discurso de Obama; quarta queria ter escrito aquele discurso; quarta de trabalho; quarta de muita chuva; quarta final de temporada da série; quinta cabeça cheia; quinta trabalho cheio; quinta de tempo nublado; sexta ainda não chegou. Deixa eu voltar pra concentração.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Elton John - Nikita

Hey Nikita is it cold
In your little corner of the world
You could roll around the globe
And never find a warmer soul to know
Oh I saw you by the wall
Ten of your tin soldiers in a row
With eyes that looked like ice on fire
The human heart a captive in the snow
Oh Nikita You will never know anything about my home
I'll never know how good it feels to hold you
Nikita I need you so
Oh Nikita is the other side of any given line in time
Counting ten tin soldiers in a row
Oh no, Nikita you'll never know
Do you ever dream of me
Do you ever see the letters that I write
When you look up through the wire
Nikita do you count the stars at night
And if there comes a time
Guns and gates no longer hold you in
And if you're free to make a choice
Just look towards the west and find a friend

Elton John - I've seen that movie too

"I can see by your eyes you must be lying
When you think I don't have a clue
Baby you're crazy
If you think that you can fool me
Because I've seen that movie too"
Tento avançar uma página por dia...Batuco as teclas, batuco a cabeça, batuco o tambor, mas só consigo um ou dois parágrafos. Me distraio, levanto, bebo sucos, dou voltas em mim mesma, mas só consigo poucas linhas. Olho para o teto, ouço música, navego na internet e em sonhos, mas só consigo umas palavras. Brinco com a Shee, falo ao telefone, respondo o msn, mas só consigo meia dúzia de letras. Suspiro, suspiro e suspiro...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Nem assim

Larguei o ciclete, o álcool, o fumo, o jogo. Joguei fora o baralho. Deixei as ruas, as drogas, as más companhias, as boas companhias, todas as companhias. Joguei fora a caderneta de telefones. Tomei banho todos os dias, usei perfume, lavei os dentes, passei minha roupa, endireitei a gola, penteei o cabelo. Joguei fora o espelho. Não xinguei, esqueci o palavrão, tentei falar bonito, comprei flores. Joguei fora minha arma. Arrumei casa, escovei chão, limpei privada e pia, arranhei a mão na ponta quebrada do azulejo. Joguei fora o lixo. Comprei jornal, arrumei emprego, cumpri horário. Joguei fora o ócio. Usei telefone, me inscrevi no vestibular, estudei com afinco, me formei na faculdade. Joguei fora a ignorância. Recebi convite, mudei de emprego, fiquei rico. Joguei fora a simplicidade. Fiz amigos, casei, tive filhos. Joguei fora a irresponsabilidade. Fiquei importante, fiquei esnobe, fiquei arrogante. Joguei fora minha vida. Joguei fora, joguei fora, joguei, comprei um baralho, masquei chiclete, voltei a beber, a fumar, traí todo mundo, meus amigos, minha família, minha empresa. Nem assim.

MPV - janeiro 2009

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Os Filhos de Beibe

Pisquei os olhos e se passaram dez anos. Fomos os Filhos de Beibe, nas colinas das minas gerais em cinco dias de folia, gargalhada e suadeiras. Os causos, registrados no Diário de Terra II, ficaram como recordações suaves de tempos sem descanso. A partir daquela data, como em um pacto descombinado, os quatro companheiros, mosqueteiros em viagem, mudaram suas vidas, seus destinos, os programas, os afetos, suas casas, os trabalhos, as famílias. Só as músicas permaneceram.

Riroca e Pedrobaby procriaram, não um com o outro, que Deus é grande, mas com seus respectivos digníssimos; Zébelê resolveu aparecer quando Nanashara estava pintando-pintada de verde dos pés à cabeça; Nanashara desapareceu de tudo como bruma em noite de serra. Só as fotos permaneceram.

Riroca e Nanashara mantêm contato permanente. Riroca, Pedrobaby e Zébelê mantêm contato esporádico. Pedrobaby liga uma vez por ano, na véspera do seu aniversário, para ganhar presente; Zébelê continua um enigma risonho; Riroca continua encantando e Nanashara voltou a escrever. Os quatro mosqueteiros, ex-companheiros de viagem, combinaram almoços, lanches, passeios e risadas que nunca se concretizaram. Só a vontade permanece.

MPV - janeiro 2009

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

No restaurante cheio

NO RESTAURANTE CHEIO
“Bernardo, Pedro, corram e cerquem a mesa para nós.”
“É para levantar a perninha e mijar nos cantos também?”

Máximas Familiares

PARA RESPOSTA DESAFORADA
"Bah...Nunca vi poste mijar em cachorro!"

TODO O TEMPO
“Tás louca ou te falta um braço?”

TRÊS VEZES AO DIA
“Heloisa, fica quieta!”

NO RESTAURANTE URUGUAIO
“Magro é f... A gente aqui se afofando de comida e magro diz que não tem mais espaço!”

TODOS OS DIAS, AINDA NA MESA, ACABANDO DE ALMOÇAR
“O que vamos fazer para o jantar?”

DE MANHÃ, À TARDE E À NOITE
“Queridinha, o que você quer beber?”

TODOS OS DIAS
“Renatinha ligou.”

SEMPRE QUE ALGUÉM VOLTAVA DO SUPER COM PACKS DE CERVEJA
“Comprou as mostardas do Leandro?”

NA PISCINA
“Cadê a sombra?”
“Eu não mudo mais!”

NO TRAJETO
“Aprendeu o caminho?”
“Como? Se cada vez você faz um diferente?”

EM CASA
“Achei minha lente na toalha!”

Família reunida em julho de 2008