Tarde da noite, eu já meio dormindo, minha irmã me ligou:
- Li suas últimas postagens. Tá bem impessoal, né?
- ???
- É... Você começou a escrever sobre coisas...
- ????
- Não fala mais das suas emoções...
- Como não? São crônicas, o que sinto, o que vejo, o que acontece...
- É, mas... tá diferente...
- Diferente... (bocejo) vou ver o que tá diferente...
- E não esquece que amanhã começa a segunda temporada da série "The Tudors". Confirma aí no seu aparelho o horário e me diz.
Bato uma continência imaginária, viro para o lado e torno a chamar o sono, não sem antes pensar: amanhã vou escrever esse diálogo. Ele é o símbolo de todos os 25 telefonemas diários trocados entre minha irmã e eu.
Nossa! Como é bom ter uma irmã como a minha! Que gargalha pelas coisas mais bobas, que estende a mão diariamente, que faz planos para daqui a 15 minutos e no décimo terceiro já planejou outra coisa. Que me acorda à noite para dizer que parei de escrever sobre emoções e me acorda pela manhã, totalmente pilhada, para dizer que me ama e que a nossa dieta do colesterol é maravilhosa!
Você tem uma irmã como a minha?
MPV - agosto 2008
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