segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Fernando Pessoa, Ficções do Interlúdio

“Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...”


Fernando Pessoa
Ficções do Interlúdio
Poesias de Álvaro de Campos


OBS: Para quem não sabe, Álvaro de Campos é um dos heterônimos de Fernando Pessoa que, ao longo da vida, escreveu sua obra como o próprio Pesssoa, Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro e outros. Isso é o que chamo de uma Pessoa Múltipla, sem intenção de trocadilhos.

Esse trecho da poesia sem nome, escrita em 1934, tornou-se, há alguns anos, parte da minha filosofia de vida, tem me guiado, me inspirado, confortado e incentivado, faz com que eu não me perca no emaranhado de emoções que busco e sinto, além de me lembrar, constantemente, que a vida emocionada é o que realmente encanta.

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